quinta-feira, 26 de junho de 2008

Uma tal carta

Papai,

porque tão distante? Eu não consigo te ouvir, eu não consigo mais te ver nem te sentir. Está tudo escuro, eu preciso da sua ajuda. A vergonha dos meus pecados me impedem de dizer o quanto eu te amo e o quanto eu preciso de ti. Meu coração está ferido e não quer cicatrizar, porque as feridas estão profundas. Minhas lágrimas caem de tristeza, dor e angústia. Eu sei que você está me olhando, está cuidando de mim. Eu sei também que continua me amando apesar de tudo. Acho que você deve estar me moldando, me quebrando e por isso tá doendo tanto. Mas porque tem que ser tão difícil assim? Me desculpe por já ter pensado em desistir, ter pensado em te largar. Eu jamais faria isso, porque você é essencial na minha vida. O louvor não está mais presente nos meus lábios, mas eu preciso deles. Eu quero te louvar. Minhas mãos não se erguem por causa do peso do fardo, que está sendo difícil de carregar. O gigante do desânimo se levantou, e ele quase me derrubou. Eu ainda não o derrubei, mas eu conto com a sua pra destruí-lo. O gigante da mágoa também quis tomar conta de mim, mas eu não permiti. O medo de acreditar nas pessoas ainda permanece no meu coração, mas eu também conto com a sua ajuda pra derrotá-lo. Pai, obrigada por sempre estar de braços abertos pra me receber e com os ouvidos atentos pra me ouvir. Essa tempestade vai passar, tenho fé. E com certeza em breve mandarei novas notícias.


De sua filha querida

2 comentários:

Beto disse...

"E com certeza em breve mandarei novas notícias"

*.*

Superguri disse...

Papai é Dez. Ele cuida de nós, e nos dá o carinho que precisamos. Bontito texto Gabi. Eh teu? Abração ^^